QUEM SOMOS

Este blog foi criado com o intuito de divulgar um trabalho de campo realizado pelos alunos de Meio Ambiente do Cefet-MG/Campus X. Foi realizada uma visita técnica na Gruta Maquiné localizada nas mediações de Cordisburgo-MG. Nesta visita nós alunos tivemos que fazer uma análise ecológica abrangendo inúmeros aspectos. Na visualização deste blog, você poderá encontrar várias informações de grande utilidade, portanto aproveitem! Componentes do grupo: Ana Monteiro; Bruna Araújo; Flávia Borba; Larissa Rodrigues; Mariana Monteiro; Sâmia Matos. Turma: Meio Ambiente 1A.

Bastidores da Viagem ä Gruta

sábado, 1 de outubro de 2011

Finalização do trabalho.


Esta visita técnica à Gruta de Maquiné, com certeza, não só nos enriqueceu num âmbito profissional como no pessoal também. Foi uma experiência incrível presenciar um trabalho realizado pela natureza durante milhares de anos. Nós que cursamos o curso de Meio Ambiente temos em mente a importância de se alcançar harmonia entre preservação, desenvolvimento e  lucro. Portanto, analisando a questão do vandalismo que vem ocorrendo no interior das cavernas, podemos nos posicionar de maneira que não seja abolido o turismo nestas, mas que se possa encontrar um equilíbrio entre exploração e conservação dos patrimônios culturais e naturais.


Uma possível solução para mitigar a degradação de áreas naturais



O Governo do Estado vem desenvolvendo várias medidas para a conservação das áreas naturais. Dentre elas, podemos citar a criação das Unidades de Conservação Estaduais que abrange o Monumento Natural Estadual Gruta Rei do Mato (MNEGRM), o Parque Estadual do Sumidouro e o Monumento Natural Estadual Peter Lund, (sendo este último a gruta que está em análise neste blog), entre outros.
Criado através do decreto nº 44.120 de 29 de setembro de 2005 a Unidade de Conservação - Monumento Natural Estadual Peter Lund, tem o objetivo de conservar o patrimônio natural e histórico-cultural, em especial o espeleológico, paleontológico e arqueológico da Gruta do Maquiné e arredores, conciliando com o uso público, educação ambiental, patrimonial, pesquisa e relacionamento com a comunidade.
O Governo estadual através do IEF (Instituto Estadual de Florestas) em parceria com a Polícia Ambiental, Corpo de Bombeiros e o CORPAER (Batalhão de Radiopatrulhamento Aéreo) são responsáveis pela política de proteção e conservação dos recursos naturais da fauna e da flora buscando alternativas cabíveis para suprimir os prejuízos ambientais e econômicos causados por desastres ambientais como queimadas.
Além do policiamento das áreas para evitar ou mitigar tais desastres, eles atuam incentivando e apoiando a capacitação profissional, preparando o pessoal para atuar como aliados na prevenção e combate a incêndios florestais. Tal iniciativa do Governo transparece a crescente preocupação com a preservação do meio ambiente por parte Deste, e a preocupação com o meio em que vivemos e com a preservação deste vem ganhando espaço na atualidade.

Burgo de coração



Guimarães Rosa nasceu em 27 de junho em Cordisburgo, por isso dizia que era burgo de coração. Ele era de fato “apaixonado” com a sua cidade e a descrevia como uma pequenina terra sertaneja, por trás montanhas, no meio de Minas Gerais, onde era “quase” lugar, mas muito bonita. O escritor também se orgulhava da Gruta que se encontra na cidade, que para ele era uma “mil-maravilha”.
O nascimento e moradia de Guimarães Rosa em Cordisburgo contribuíram significativamente para uma maior popularidade da cidade. Foi criado um projeto, chamado “Contadores de Histórias”, onde jovens encenam a vida e algumas histórias de Guimarães. O turismo de Cordisburgo aumentou não só para as lembranças do escritor, mas também para algumas das atrações da cidade como a Gruta de Maquiné e o Museu de Pedra, que se tornaram mais conhecidos.
Guimarães demonstra sua paixão pela gruta no trecho: “E mais do que tudo, a Gruta do Maquiné – tão inesperada de grande, com seus sete salões encobertos, diversos, seus enfeites de tantas cores e tantos formatos de sonho, rebrilhando risos de luz - ali dentro a gente se esquecia numa admiração esquisita, mais forte que o juízo de cada um, com mais glória resplandecente do que uma festa, do que uma igreja.” (In.: ”Recado do Morro.” No Urubuquaquá, No Pinhém. João Guimarães Rosa).

Circuito das Grutas e seus protagonistas


O circuito das grutas é constituído pelas regiões pertencentes à rota Lund - onde o dinamarquês Peter Wilhelm Lund estudou e dedicou as suas pesquisas arqueológicas – as quais são: Baldim, Capim Branco, Cordisburgo, Jequitibá, Lagoa Santa, Matozinhos, Sete Lagoas.
Esse circuito envolve mais que visitas à suas belas grutas, há vários pontos onde os turistas podem conhecer muito mais sobre a região, no seu aspecto histórico e cultural. Esses aspectos foram difundidos principalmente por personagens popularmente conhecidos como Chico Xavier, que nasceu em Pedro Leopoldo, onde foi criado o roteiro Caminhos da Luz, incluindo a casa onde o médium viveu. O bandeirante paulista Fernão Dias, percorreu a região do município de Pedro Leopoldo na época do ciclo do ouro, abrindo caminhos desconhecidos que mais tarde seriam as rotas. Este também ganhou um patrimônio cultural em sua homenagem, a Casa Fernão Dias (Parque Estadual do Sumidouro). E por fim o comediante Zacarias, que nasceu na cidade de Sete Lagoas, e devido a sua fama nacional atraiu novos olhares para o circuito.
Os nomes citados acima influenciam no interesse das pessoas pela região, e consequentemente no turismo, que move a economia destes lugares.

Impacto do turismo/Degradação e preservação de cavernas.

Esta foto retrata o único animal (visível a olho nu) 

encontrado durante todo o percurso da visita técnica na Gruta de Maquiné.


O ambiente cavernícola possuindo elementos muito sensíveis e impactantes perante movimentos ínfimos, ainda assim possibilita o turismo, tendo em vista que o mesmo pode provocar alterações na ecologia do local. Sendo assim devem-se ter minuciosos cuidados ao visitar cavernas. O turismo além de trazer impactos aos animais que ali vivem, acarretam diversos problemas que poderão alterar as configurações do ambiente, como temperatura e umidade do ar, resultando na diminuição das visitas que causadoras de impactos se tornarão casa vez mais caras e raras.
 A degradação e preservação das cavernas estão diretamente ligadas ao turismo, à medida que há um aumento considerável de visitas aumentam também as chances de vandalismo e mudanças no mesmo, com isso os animais ali presentes terão que migrar para locais ainda dentro da caverna, mas não acessíveis pelo homem, pois eles se sentem recuados ao receber visitas.

Curiosidade:



Morcegos nas cavernas



A função dos morcegos é fundamental para manutenção de vida nas cavernas. Com a falta de luz solar necessária para o processo de fotossíntese, não é possível a existência de plantas no interior das cavernas. Os morcegos então saem de suas respectivas cavernas e voam pra florestas próximas para se alimentarem de frutos de árvores e outros alimentos que lhe interessem. Quando retornam para suas 'casas’, eliminam fezes ricas em nutrientes nos pisos das cavernas, e então animais como grilos, moscas, besouros entre outros, passam então a alimentar-se das fezes dos morcegos. Além desse fato, morcegos podem servir como alimentos para aranhas e centopeias.
Digamos então que o papel principal dos morcegos é a função de fornecer nutrientes em cavernas para insetos, além disso, servem como polinizadores ou dispersores de sementes, predadores de insetos (incluindo pragas agrícolas), entre outras funções.

Laboratório Natural - adaptações ecológicas dos animais.



A ecologia procura explicar as relações entre o meio e seus organismos, das quais tendem ser bastante complexas, uma explicação cabível a este fato é que organismos distintos não estão aleatoriamente distribuídos entre os diferentes tipos de meios, sendo necessário assim, as adaptações ecológicas.
Tais fatores ecológicos interferem bastante neste processo se interrelacionando, sejam eles fatores abióticos ( climáticos, edáficos e físico-químicos da água) ou  bióticos, que são fatores intra e interespecíficas.
 Cada organismo ou grupo de organismos têm um limite diferente de tolerância aos fatores, explicando assim a diversificação de tais grupos e de outros não, em tais aéreas, pois os que apresentam maior tolerância têm maior diversificação. Pode-se concluir então,que a abundância de vida em um local depende das condições ambientais. Quando ocorre a variação ambiental estes organismos tendem a se adaptar.
 As cavernas são originadas de uma série de processos geológicos,mesclando o envolvimento de transformações tectônicas, biológicas, químicas e atmosféricas. Onde há  presença de estabilidade ambiental, cujo meio epígeo é o localizado no exterior da caverna e o hipógeo é o meio subterrâneo. Elas também são estáveis e simples, por isso chamadas de  laboratórios ideais para estudos científicos.
 No interior das cavernas há classificação de três zonas, são elas: zona de entrada, localizada pouco antes da abertura da caverna ,onde há emissão direta dos raios solares; mais em seu interior está a zona de penumbra, pela qual as temperaturas são mais amenas e a umidade mais alta; e por último a zona afótica , tendo como principais características a ausência de luz, umidade relativa do ar próxima de 100% e baixas temperaturas.
 No ambiente cavernícola , principalmente na zona de total escuridão, há ausência de organismos fotossintetizantes e fotoperíodos.Como não há seres fotossintetizantes nesta zona, de onde veem os alimentos necessários à vida  dos animais que habitam esta área? Bom, para responder esta pergunta devemos conhecer um pouquinho mais sobre as bactérias chamadas quimiossintetizantes , que através da energia fornecida por reações químicas, sintetizam as substâncias orgânicas.Contudo, estas não são as principais fornecedoras de alimentos, a maioria dos nutrientes veem do meio externo, através de água da chuva, animais que acidentalmente entram nas cavernas e não conseguem sair, por rios subterrâneos e raízes de plantas do exterior ,que inroduzem na gruta. Pode-se obter também alimento através de guano, matéria orgânica encontrada em fezes de espécies frugívoras que habitam as cavernas.
 A fauna cavernícola se divide em três famílias : trogloxenos, troglófilos e troglóbios. Essa distinção é feita em relação ao modo com que os animais usufruem da gruta. Exemplos : os trogloxenos são grupos de animais que usufruem das cavernas apenas para se alimentar ou reproduzir, necessitando do meio epígeo – como os morcegos ; os troglófilos são aqueles que podem viver tanto no meio epígeo quanto no meio hipógeo - como os insetos;  já os troglóbios são restritos ao ambiente subterrâneo, sem nenhuma dependência ao meio externo – como aracnídeos.
 O grupo dos animais nestes habitats naturais é constituído por populações reduzidas e  relacionadas ao meio hipógeo. Estes organismos possuem pouca tolerância a perturbações  vindas do homem. Sendo assim a adoção de medidas mitigadoras devem ser tomadas para proteção e conservação das espécies ,a serem realizadas tanto  nos arredores quanto no  interior  das grutas. Sendo isto necessário para vivermos em harmonia com  a natureza.

Travertinos


travertino é uma rocha calcária, composta por calcita, aragonita e limonita, com bandas compactas, paralelas entre si, nas quais se observam pequenas cavidades, onde predominam os tons que passam pelo branco, verde ou rosa. Sua formação se dá em zonas cársticas calcárias, pela precipitação de carbonato de cálcio por ação da água doce, o que provoca espaços ocos e o depósito de materiais em bandas mais ou menos paralelas.
Como podemos observar nas imagens acima, a Gruta de Maquiné contém travertinos grandes que se compara ao tamanho de uma pessoa (primeira imagem) e pequenos, sendo necessário um olhar mais minucioso e crítico para serem percebidos (segunda imagem).

Condições Ambientais no interior das cavernas


O habitat no interior das grutas é conhecido como hipógeo (subterrâneo), e apresenta diversos fatores que tornam esse ambiente muito diferente do meio epígeo (externo), como iluminação, variação de temperatura e umidade. Durante a nossa visita a Gruta de Maquine, pudemos analisar essas condições, naturais ou até mesmo artificiais, que possibilitam a sobrevivência das poucas formas de vida no interior desta e o turismo.
A iluminação da gruta é artificial, pois seu interior é totalmente desprovido de luz natural. Pudemos ver que algumas rochas, na presença da luz, possuem uma cor diferente. Essa variedade é natural, e se deve aos minerais que formam tal rocha.
Essa iluminação causa danos às formações, mesmo que não muito perceptíveis e pode levar ao crescimento de vegetação nas grutas, podendo modificar totalmente seu sistema climático e prejudicar o equilíbrio do seu ecossistema.
Quanto à temperatura e umidade, durante o percurso fomos medindo- as usando um termohigrógrafo (instrumento que indica e registra simultaneamente a temperatura e a umidade relativa do ar ambiente), e notamos que quanto mais entramos para o interior da gruta, a temperatura diminuía e umidade aumentava. Mas ao contrário do que se imagina, a sensação térmica é muito elevada. Isso acontece porque, com a alta umidade, a evaporação do suor do corpo se torna difícil, inibindo a perda de calor. E nosso corpo se refresca quando o suor que eliminamos evapora, retirando calor da pele.

Bom, podemos concluir que esses fatores fazem com que esse meio se torne um ambiente único, despertando grande curiosidade e admiração dos estudiosos e das demais pessoas que a visitam.



Câmaras que formam a Gruta

A Gruta de Maquiné possui sete câmaras exploradas que são denominadas de acordo com as formações que apresentam:


1ª câmara à chamada de “Vestíbulo”, esta câmara é totalmente iluminada pela luz exterior que penetra por uma larga abertura. Possui 88 pés de comprimento e 66 de largura. Elevam-se do solo diversas massas colossais de estalagmites*, uma das quais se acha próxima da entrada. As mais afastadas reúnem-se num grupo que sobe até a abóbada e, se confundindo, formam a parede do fundo onde existem dois grandes blocos de quartzo destacados de uma enorme camada do mesmo mineral, que se vê no calcário, justamente acima.



2ª câmara à denominada “sala das colunas”, esta câmara tem 122 pés de comprimento e 74 de largura. À esquerda, perto da entrada, destacam-se massas enormes de estalagmites que se erguem até a abóbada e ligam à parede que separa esta câmara da precedente. A camada de estalagmites existentes foi perfurada em diversos lugares para extração da terra salitrosa. Ela contém, considerável quantidade de pequenas ossadas e de dentes.




3ª câmara à chamada de “altar ou trono” esta câmara tem 220 pés de comprimento, 116 de largura e 50 pés de altura. Perto da entrada acha-se ornada da tapeçaria gigantesca de uma estalactite* branca de brilho e de beleza extraordinários que lembra uma geleira derretendo. 



4ª câmara à tem denominação de “carneiro” possuindo 60 pés de comprimento, 66 de largura e 36 de altitude. Distingue-se das precedentes por apresentar o solo em grande parte coberto de montões de gesso em pó. Destaca-se ainda nesta sala, além da figura de um carneiro ou um cachorro como alguns acham, a figura imponente de um cogumelo atômico.


5ª câmara à denominada, “salão das piscinas”, tem 78 pés de comprimento, e 60 pés de altura, formando a parte mais alta da gruta. Apresenta elegantes formas e com a soberba ornamentação de suas paredes. No centro existe uma grande bacia de 05 (cinco) pés de profundidade, cujas paredes estão revestidas de rosetas ou delicados cristais de calcário. Grandes massas de estalagmites ornam as bordas opostas da bacia e assemelham-se a
antigas estátuas e concorrem com as paredes artisticamente enfeitadas de
estalactites, e os brilhantes cristais que luzem em seus muros.



6ª câmara à denominada “salão das fadas”, tem 108 pés de comprimento e 50 pés de altura. Aí foram encontradas grandes ossadas de animais, inclusive o resto de um megatério (preguiça atual). É considerada a parte mais bela de toda a gruta contando com uma impressionante cascata brilhante. Toda a câmara e todas as figuras nela existentes estão cobertas de uma crosta de cristais delicados de carbonato de cálcio, ora do mais puro branco, ora diversamente colorido, realçado por um investimento brilhante.



7ª câmara à é dividida em duas partes:





7ª (a) denominada “salão Dr. Lund” tem 138 pés de comprimento, 72 de largura e 50 pés de altura. Ela desce sempre, formando bacias consideráveis. Esta sala é a mais importante pela quantidade de ossadas que possui.

7ª (b) denominada “salão do cemitério”. É a maior de toda a gruta. Mede 534 pés de comprimento por 184 pés de largura. É revestida de uma camada quebradiça de estalagmites de gesso em pó que cobre o solo, a qual por fim se amontoa até a abóbada. Grande cópia de enormes fragmentos amontoa de calcário se acha espalhada na maior desordem com aspectos de mausoléus, o que justifica o nome do cemitério.


*Estalagmites: são formações que crescem a partir do chão de uma gruta ou caverna que vão em direção ao teto, formadas pela deposição (precipitação) de carbonato de cálcio arrastado pela água que goteja do teto.
*Estalactites: são formações rochosas sedimentares que se originam no teto de uma gruta ou caverna, crescendo para baixo, em direção ao chão da gruta ou caverna, pela deposição (precipitação) de carbonato de cálcio arrastado pela água que goteja do teto. Apresentam frequentemente uma forma tubular ou cônica.

Formação das cavernas

 


As cavernas formam-se normalmente em áreas de rochas calcárias como é o caso da Gruta de Maquiné. As rochas calcárias são formadas por calcita (carbonato de cálcio, CaCO3) que dissolvem-se quando entram em contato com a água que contém teor de ácidos o suficiente. Estes ácidos são provenientes da chuva ácida ou do dióxido de carbono (CO2) existente na atmosfera e na decomposição da matéria orgânica, que em contato com a água formam o ácido carbônico H2CO3. A água ácida penetrando pelas fendas do calcário chega até a rocha, produzindo o bicarbonato de cálcio (Ca(HCO3)2), que é solúvel e facilmente transportado pela água. Com a dissolução do bicarbonato de cálcio, as fendas vão-se alargando lentamente e formando as cavernas e suas diversas formas como estalactites e estalagmites.
É essa a composição básica da Gruta de Maquiné: carbonato de cálcio. Em alguns pontos, porém encontramos a sílica, gesso, quartzo e o ferro. Este último elemento produz uma cor avermelhada nas rochas como pode ser notado através da imagem acima.

História da Gruta


A Gruta do Maquiné foi descoberta em 1825 pelo fazendeiro Joaquim Maria Maquiné, como pode ser percebido o seu nome homenageia o seu descobridor. A gruta permaneceu durante 9 anos sem ser explorada, até que em 1934 o Doutor Peter Wilhelm Lund, naturalista dinamarquês começou a realizar estudos científicos da mesma.
O Doutor Lund permaneceu quase dois anos na caverna, realizando pesquisas. Devido aos seus estudos é possível conhecer algumas espécies de animais que ali viviam e seres humanos, pelos restos petrificados de seus fósseis. Foi estudada também a formação da gruta, onde o principal elemento é o cabornato de cálcio, que já é percebido no primeiro salão. Outros elementos como minerais: a sílica, gesso, quartzo e o ferro fazem parte da formação da gruta.
Além de ser um ponto para estudos científicos Maquiné é tida como uma das grutas mais belas do mundo. O próprio Lund dizia que a gruta era a mais rica imaginação poética, não sabendo como engendrar uma tão esplêndida morada para os seres maravilhosos. A beleza da gruta com sua importância para a ciência é um dos principais pontos turísticos de Cordisburgo, o que aumenta o conhecimento da cidade para outras regiões e ajuda a reforçar sua economia.
Curiosidades
A gruta apresenta alguns mistérios, entre eles um pequeno buraco no chão que ate hoje não se sabe a sua profundidade. Acredita-se que foi realizada uma experiência para descobrir a profundidade usando um lenço, onde o mesmo foi jogado pelo buraco, porém não foi encontrado.
Em alguns salões da gruta foi realizada a gravação das últimas cenas da novela Viagem, da rede Globo.

Vale à pena visitar...


Informações sobre a Gruta
- Endereço: Via Alberto Ramos, MG 231 - Km 7 - Zona Rural
- Acesso: Partindo do receptivo turístico (entrada da cidade), a seguir no sentido da Capela de São José. Entrar na terceira rua á esquerda (Travessa Francisco Xavier de Souza Júnior), em seguida virar a primeira á esquerda, na Rua Idelfonso Mascarenhas e depois a primeira á direita já na Via Alberto Ramos. Existem placas indicando esse trajeto.
- Distância de Cordisburgo: 5 km, via Alberto Ramos – km 27.
- Distância de Belo Horizonte: 114 km via BR 040/MG231.
- Horário de visitação: Diariamente de 8 h às 17 h (todos os dias).
- Preço: R$14,00.
- Meia entrada: a entrada é gratuita apenas para crianças menores de cinco anos, acompanhadas dos pais. Crianças de 6 a 12 anos, estudantes com carteira estudantil e idosos acima de 60 anos pagam meia-entrada.
  • A gruta é administrada pela Fundação Maquinetur que tem um escritório em Cordisburgo ((31*3715-1310). Para a visita guiada existem seis guias que podem chegar a conduzir até 40 pessoas de cada vez. Existem dois funcionários que atuam na segurança da gruta. A gruta conta ainda com uma infraestrutura de visitação que oferece dois restaurantes que disponibilizam os sanitários e lojas de produtos artesanais.

Mais informações: (31) 3715-1078 / 1310 - www.grutadomaquine.tur.br

Localização da Gruta de Maquiné



A gruta de Maquiné fica localizada no município de Cordisburgo no estado de Minas Gerais e está a aproximadamente 121 km da capital do estado, Belo Horizonte.